No que cremos


Cinco Pontos do Calvinismo - Resumo

Depravação total: cada ser humano é gerado em pecado e todas as suas faculdades estão tão corrompidas, que ele é chamado “morto em seus delitos e pecados” (Ef 2:1). Os homens não são tão pecadores nas suas realizações como poderiam ser. Não somente a raça humana, mas toda a criação está totalmente contaminada pelo pecado (Rm 8:18-25). Esta situação estabelece a necessidade da redenção de alguém que, por si mesmo, é absolutamente incapaz de preparar-se, ou de providencia-la para si mesmo. O pecador, por natureza, é um contumaz e indisposto inimigo do santo Deus.


Eleição incondicional: somente um Deus Trino que é soberano, e pela sua imutável, infinita, perfeita e sábia vontade poderia, sem ser constrangido a isso, prover salvação a pecadores indignos. O Senhor Deus que é suficiente em si mesmo, motivado somente pela sua boa vontade e graça, visando a sua própria glória, escolheu desde toda a eternidade muitos pecadores para a salvação e decidiu deixar os demais sob a sua justa ira, para uma punição eterna, por causa dos seus pecados.
Expiação limitada: Cristo, o Deus-homem, como representante dos eleitos, supriu com suficiência a satisfação da justiça de Deus, recebendo a condenação no lugar dos Seus escolhidos, para que somente eles pudessem ser declarados justos pelos Seus méritos. A expiação é limitada em seu propósito. Ela limita-se por ter o propósito de alcançar exclusivamente os eleitos.
Graça irresistível: a obra redentora de Cristo é internalizada, pela operação eficaz do Espírito Santo. Os eleitos têm a sua disposição interna regenerada, a mente iluminada e novas capacidades são implantadas em sua natureza, de modo que livres e irresistivelmente recebem a maravilhosa graça, e todos os seus benefícios.
Perseverança dos santos: Deus começa a redenção na eternidade e a consumará na eternidade. Pois, aquele que começou a boa obra nos eleitos, há de completá-la até o dia de Cristo Jesus (Fp 1:6). Deus irrevogavelmente preserva, pelo seu soberano poder, em amor e santidade, os seus eleitos em estado de graça até o fim.

Por que cinco pontos e a tulipa?

Os Cinco Pontos do Calvinismo foram formulados em resposta a um “documento que ficou conhecido na história como ‘Remonstrance' ou o mesmo que ‘Protesto'”, [2]apresentado ao Estado da Holanda pelos “discípulos do professor de um seminário holandês chamado Jacob Hermann, cujo sobrenome latino eraArminius (1560-1600). Mesmo estando inserido na tradição reformada, Arminius tinha sérias dúvidas quanto à graça soberana de Deus, visto que era simpático aos ensinos de Pelágio e Erasmo, no que se refere à livre vontade do homem”. [3] Este documento formulado pelos discípulos de Arminius tinha como objetivo mudar os símbolos oficiais de doutrinas das Igrejas da Holanda (Confissão Belga e Catecismo de Heidelberg ), substituindo pelos ensinos do seu mestre. Desta forma, a única razão pela qual Os Cinco Pontos do Calvinismo foram elaborados era a de responder ao documento apresentado pelos discípulos de Arminius.
Este documento formulado pelos alunos de Jacob Arminius tinha como teor cinco principais pontos, conhecidos como “Os Cinco Pontos do ArminianismoE como já dissemos logo acima, em resposta a este Cinco Pontos do Arminianismo, o Sínodo de Dort elaborou também o que conhecemos como “Os Cinco Pontos do Calvinismo” ao invés de sete ou dezEstes pontos do calvinismo são conhecidos mundialmente pela palavra TULIP, um acróstico popular que na língua inglesa significa:

otal DepravityTotal Depravação
nconditional ElectionEleição Incondicional
imited AtonementExpiação Limitada
rresistible GraceGraça Irresistível
erseverance of SaintsPerseverança dos Santos