Gente como gente deve ser

Dia destes estava tentando ver se lembrava do nome de meu bisavô. Descobri que não faço idéia de quem foi, o que fazia, como era, etc. Ele existiu, mas foi esquecido, e na verdade dentro de um pouquinho de tempo também eu terei sido… Será que só eu penso nestas coisas? Será que só eu tenho vontade de fazer algo para não desaparecer da face da Terra sem deixar vestígios de minha passagem? É humano buscar um jeito de permanecer. O registro bíblico conta de Absalão, que ciente do alto risco (concretizado) de morrer jovem, decidiu fazer algo para não ser esquecido.
Absalão tinha levantado um monumento para si mesmo [...] dizendo: “Não tenho nenhum filho para preservar a minha memória”. Por isso deu à coluna o seu próprio nome. Chama-se ainda hoje Monumento de Absalão. (2 Samuel 18.18)
Parece que a idéia do moço não funcionou lá muito bem. Ele tentou conquistar um reino (puxando o tapete do pai) e passar para a história construindo uma auto-homenagem. Para investir em algo que dure para a Eternidade, é bom investir no que continuará na Eternidade: gente.
Cristianismo é uma questão de gente. Começou com o Ser Supremo e Absoluto sobre tudo e todos, Deus, tornando-se gente; e como gente, o apóstolo Paulo chama Jesus de “varão perfeito”, traduzido maravilhosamente pelo Pr. Ariovaldo Ramos: “gente como gente deve ser”. Isto porque, depois da Queda, cada um de nós se desumanizou – tornou-se menos gente. Mas, tendo Jesus se feito gente, obedeceu até o fim e morreu por amor de… gente. E tem passado estes últimos dois milhares de anos chamando gente, reconstruindo por meio de seu Espírito cada um daqueles que atendem seu chamado, transformando-nos de novo em gente como gente deve ser. É um processo (garanto que no meu caso estou longe de ser como deveria). Cristo está sendo formado em nós, diz Paulo.
Quer fazer algo que dure para a Eternidade? Cuide de gente em nome de Jesus, e deixe marcas de amor que permanecerão para toda Eternidade.


Miguel Herrera, via: Bereia Blog