Um papo com C. S. Lewis
Durante os anos de guerra, Lewis gravou uma serie de programas de rádio para a Nação. Tristemente, por causa do esforço da guerra, foram reciclados a maioria dos carretéis auditivos. E o mundo perdeu um capítulo da herança de um homem para sempre.
Mas um sobreviveu. E eu tenho esta gravação aqui compilada para você como o próprio Lewis falou há muito tempo.
Tradução: MurilloLegendas: VicttorhugoMusica: C.S Lewis Song - Brooke Fraser
O casamento que você sempre quis
Autor: Gary Chapman
Sinopse
Quando duas pessoas tomam a decisão de se casar, o fazem cheias de expectativas. Nada mais natural para noivos apaixonados. Mas não demora muito para que ambos constatem que naquele mar de rosas com que sonharam existem muitos espinhos. Então, que fazer? Fingir que está tudo bem e suportar o sofrimento passivamente? Acabar com o compromisso mútuo assumido diante de Deus — o que, em última análise, também gera sofrimento?
Feito para durar
Autor:Ricardo Agreste
Sinopse
Estamos inseridos numa cultura que não nos incentiva à construção de relacionamentos consistentes e duradouros. Muito pelo contrário! O tempo todo somos bombardeados por valores altamente individualistas e utilitaristas, os quais tem transformado nossas relações numa espécie de produto facilmente descartável, especialmente quando não correspondem as nossas expectativas. Uma das principais vítimas desta cultura do descartável é o relacionamento conjugal. Por isso este livro é escrito, para nos desafiar a um olhar mais crítico para a cultura que nos envolve e a uma tomada de posição frente a sua influência em nossas vidas e relacionamentos. Em constante diálogo com o mundo contemporâneo, você será desafiado a uma profunda reavaliação de papéis e valores e encorajado à construção de um relacionamento feito para durar.
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Um papo sobre Philip Yancey
Philip Yancey (nascido em 1949) é um escritor e jornalista cristão americano. Seus livros venderam mais de 14 milhões de cópias, desde a sua estréia em 1977 e são lidos em 25 idiomas pelo mundo todo, fazendo dele um dos mais vendidos autores cristãos.[1]Premiado duas vezes com o "Melhor livro do ano" pela ECPA,[2] além de outros prêmios, Yancey colabora com a revista Christianity Today, como editor associado.
Órfão de pai com apenas 1 ano de idade, Philip Yancey viveu toda a infância e início da adolescência em Atlanta, onde frequentou umaigreja fundamentalista e conheceu de perto o ambiente permeado de racismo, comum do sul dos Estados Unidos na década de 1960, experiência detalhada em seu livro "Alma sobrevivente - Sou Cristão apesar da igreja".
Carreira
Em Chicago, para onde mudou-se em 1971, Philip Yancey juntou-se à equipe de Campus Life, uma publicação cristã voltada para o público universitário. Também escreveu artigos para Reader's Digest, The Saturday Evening Post, Publishers Weekly, Chicago Tribune Magazine, Eternity, Moody Monthly, e National Wildlife.
Ao longo de sua carreira, Yancey escreveu mais de uma dúzia de livros, cuja temática invariavelmente recai sobre assuntos desafiadores para a fé cristã entre eles, encontram-se títulos como Oração: ela faz alguma diferença? "Oração: ela faz alguma diferença?", "Deus sabe que sofremos", "Maravilhosa Graça", "O Jesus que eu nunca conheci", "A Bíblia que Jesus lia", "O Deus (in)visível", publicados pela Editora Vida, "Decepcionado com Deus", "A Dádiva da Dor", "Alma sobrevivente - Sou cristão apesar da igreja", "Desventuras da vida cristã" (Editora Mundo Cristão), "Igreja: por que se importar" (Editora Sepal) e "Perguntas que precisam de respostas" (Editora Textus)..
Sobre sua postura como escritor, declara: "Eu escrevo livros para mim mesmo", escrevo livros para resolver questões que me incomodam, coisas para as quais não tenho resposta".[3]
Apesar do sucesso editorial, a aceitação de Yancey não é unânime devido a suas opiniões diante de certas questões éticas contemporâneas. Recentemente uma entrevista dada por ele a uma publicação voltada para o público GLBT, foi recebida como uma endosso à orientação homossexual.[4]
Bibliografia
- A Bíblia que Jesus lia
- A Bíblia, minha companheira
- A dádiva da dor (Com Paul Brand)
- À imagem e semelhança de Deus
- Alma sobrevivente
- Decepcionado com Deus
- Descobrindo Deus nos lugares mais inesperados
- Desventuras da Vida Cristã
- Feito de modo especial e admirável
- Igreja, por que se importar?
- Maravilhosa Graça
- O Deus (in)visível
- O Jesus que eu nunca conheci
- Onde está Deus quando chega a dor?
- Oração: ela faz alguma diferença?
- Perguntas que precisam de respostas
- Rumores de outro mundo
- Para que serve Deus - em busca da verdadeira fé
As cinco linguagens do amor
Autor: Gary Chapman
Você sabe falar a linguagem de amor de seu filho? Cada criança possui uma linguagem de amor principal e específica, uma maneira através da qual ela compreende melhor o amor do pai e mãe. Este livro ensinará você a reconhecer e falar a linguagem de amor fundamental de seu filho, e o informará sobre as outras quatro linguagens de amor utilizadas entre os seres humanos. Um Plano de Ação incluído no final do livro o ajudará a conseguir isto. Para tornar-se um adulto responsável, seu filho precisa ter certeza de que é amado. E ele só poderá obter essa certeza através de uma dessas cinco linguagens:Gary Chapman é conselheiro de casais, preletor e autor de vários livros de grande sucesso, sendo As Cinco Linguagens do Amor (também publicado pela Editora Mundo Cristão) sua obra mais conhecida.
Clique aqui para baixarOficina de casamentos
Autor: Adão Carlos Nascimento
Sinopse
Não existe casamento tão ruim que não possa ser consertado. Não existe casamento tão bom que não possa ser melhorado.Chega "um momento onde queremos voltar no tempo da adolescência e sonhar de novo com um grande amor, queremos paixão, queremos sentir de novo o coração batendo mais forte, queremos a dor no estômago da espera de um encontro marcado, a felicidade misturada com ansiedade ou não sei o quê". E nessa situação pensamos que para isso temos de ir atrás de outra pessoa, conquistar um novo amor. Mas a solução está dentro de nossa casa, debaixo de nosso cobertor.Casais que se apaixonam uma vez podem se apaixonar de novo. E podem novamente sentir o coração batendo mais forte, o estômago doendo na espera de um encontro marcado...Com a mesma pessoa.Muitos casais começam a vida conjugal nas nuvens, no Éden, mas depois tudo fica pálido, insípido, sem sabor. Ou, o que é pior, turvo, ameaçador. Oficina de Casamentos pretende mostrar que a felicidade daqueles primeiros dias, meses ou anos pode ser reconquistada.O sonho não acabou! E o objetivo deste livro é ajudar os casais que enfrentam dificuldade no casamento a encontrar o caminho da felicidade conjugal, pois não existe casamento tão ruim que não possa ser consertado, e mostrar aos casais felizes que e possível ser mais feliz ainda, porque não existe casamento tão bom que não possa ser melhorado.
Antes de dizer sim
Autor: Jaime Kemp
Sinopse
Concebido no formato de um curso para noivos, 'Antes de Dizer Sim' levanta questionamentos práticos da vida de recém-casado como a sexualidade, as finanças, filhos, relacionamentos com sogros e sogras etc.
Um papo sobre Rob Bell
Robert Holmes "Rob" Bell Jr. (nascido em 23 de agosto de 1970 no Condado de Ingham, Michigan ) é um americano autor e pastor . Ele é o fundador da Igreja Mars Bíblia montelocalizado em Grandville, Michigan e é também o orador de destaque em uma série de espiritual curtas-metragens chamado NOOMA .
Biografia
Educação e ministério
Bell é o filho do juiz Robert Holmes de Bell , que foi nomeado por Ronald Reagan ao poder judiciário federal e publicamente confirmado pelo Senado dos Estados Unidos . [1] [2] de Bell cresceu em um ambiente cristão tradicional. Em 2011, Bell foi reconhecido como um membro do 2011 Time 100 da lista.
Sino participaram Wheaton College . Enquanto em Wheaton, ele salas com Ian Eskelin de All Star United . Com os amigos Dave Houk, Brian Erickson, Steve Huber e Queda Chris, ele formou a banda de rock indie, "bundle _ton", que fazia lembrar de bandas como REM eTalking Heads . Isto é, quando _ton pacote escreveu a canção "Velvet Elvis", baseado na mesma Velvet Elvis pintura que ele usou em seu primeiro livro Velvet Elvis: Repintura da Fé Cristã. Wheaton College, onde foi também de Bell conheceu sua esposa, Kristen. O pacote _ton banda começou a ganhar alguma fama local e foi até solicitado a realizar em grandes eventos, mas quando Bell foi atingido com meningite viral [3] esses planos não deu certo. [4]
Bell recebeu seu diploma de bacharel em 1992 de Wheaton e ensinou esqui aquático nos verões no Rock Wheaton College de Mel Camp, fazendo cerca de trinta dólares por semana. Durante este tempo, Bell ofereceu para ensinar uma mensagem cristã aos conselheiros do acampamento depois que nenhum pastor pôde ser encontrado. Ele ensinou uma mensagem sobre "descanso". Ele disse que Deus o levou para o ensino neste momento. Bell foi posteriormente abordado por várias pessoas, cada um deles dizendo que ele deve perseguir o ensino como uma carreira.
Mudou-se para Pasadena, Califórnia para perseguir este chamado para o ensino e recebeu um M. Div. partir de Fuller Theological Seminary . De acordo com Bell, ele nunca recebeu boas notas na pregação de classe, porque ele sempre procurou formas inovadoras de comunicar suas idéias. Durante seu tempo no Fuller era um estagiário da juventude na Igreja Lake Avenue. Ele, no entanto, ocasionalmente, participar da Assembléia cristã em Eagle Rock, na Califórnia , o que levou a ele e sua esposa a fazer perguntas no sentido de como um novo estilo de Igreja iria aparecer.
Entre 1995 e 1997, Bell formaram uma banda chamada Big Fil que lançou dois CDs: o primeiro foi um disco auto-intitulado eo segundo foi intitulado Via De La Shekel. Quando perguntado qual estilo de música eles tocavam, Bell responderia com "Evangelho do Norte!", Que mais tarde tornou-se o nome de uma canção sobre o segundo álbum. Mesmo depois de Big Fil pararam de se apresentar, Bell continuou com mais dois projetos com o nome de Uno Dos Tres volume de Comunicações 1 e 2, sendo que ambos tinham um som semelhante ao musical Big Fil.
Em janeiro de 2007 questão da revista TheChurchReport.com, Bell foi nomeado No. 10 em sua lista de "Os 50 cristãos mais influentes na América", escolhida por seus leitores e visitantes online.
Igreja missional ou igreja pactual?
A igreja existe para os outros — fez questão de repetir o preletor, baseando seu argumento na bênção abraâmica de Gênesis 12.1-3 e entremeando seus arrazoados com a citação de um teólogo alemão. Ouvi aquelas palavras com profundo respeito e admiração, louvando a Deus por estar diante de um de seus servos frutíferos e orando para que eu mesmo fosse impactado pelo poder edificante da Escritura.
Saí do auditório, fechei minha conta no hotel e desci a serra a fim de pegar a rodovia que me conduziria a minha cidade. Na mente a frase “a igreja existe para os outros”, indo e voltando, enlaçada pelos ditos e apresentação pertinentes.
Se isso é assim, tudo deve adaptar-se para o alcance dos “de fora”; os crentes assumem o desafio da contextualização e a igreja tradicional dá lugar à igreja missional: culto, estratégias, estrutura e programas convergem para o supremo objetivo de ganhar vidas para o Senhor Jesus Cristo; igrejas históricas conformam-se com sua dificuldade de fazer a curva de mudança e sua morte iminente (porque, sem mudança na forma, não há como alcançar os “de fora”) e investem na plantação de novas igrejas desenhadas desde o início de acordo com o perfil de seu “público-alvo”: uma igreja decorada com paredes pretas e em cujo centro do local de reuniões se posiciona uma banda de rock, para alcançar os “metaleiros”, ou uma igreja perfilada ao estilo country para atrair os que gostam de música sertaneja. De longe a igreja histórica motiva e sustenta, mas nada de tentar reproduzir seu modo de fazer as coisas na nova comunidade. Aliás, o título “igreja” envelheceu; “comunidade” parece ser o mais adequado e “culto” passa a ser “celebração”, pois a contextualização exige uma nova linguagem.
Eu já abracei muitas destas ideias. Hoje penso diferente.
Envelheci? Certamente, mas a idade não foi determinante. Mudei quando refleti sobre a igreja a partir da ótica do pacto.
O que chamo de igreja missional não é um movimento e sim uma proposta de visão e funcionamento da igreja que enfatiza prioritariamente o alcance dos de fora, uma igreja inclusiva, nos moldes da igreja em Atos. Há muita coisa boa nesta sugestão, como escreverei adiante. Por ora destaco apenas a possibilidade de reducionismo da missão.
A possibilidade de reducionismo da missão
A proposta de uma igreja centrada nos de fora é interessante porque toca no problema do grupo de crentes que se isola da cultura e demonstra completa indiferença à comunidade circundante. Toda instituição corre o risco de engessar-se. Quando isso acontece, não se consegue mais enxergar as reais necessidades existentes. É assim nas corporações de modo geral e é assim na igreja. Uma igreja pode lutar pela ortodoxia e liturgia, manter uma agenda de atividades exaustiva e, ainda assim, falhar na prática do amor — o que inclui a evangelização — ao ponto de ser riscada do mapa (Ap 2.1-7;1 cf. 1Co 13.1-3). Ano após ano, uma igreja pode orientar-se por uma cultura de manutenção e saudosismo, destacando os feitos do passado ao mesmo tempo em que pouco ou nada faz para cumprir a missão no presente ou, como nos diz Driscoll:
As igrejas em nossos bairros continuam mais parecidas com museus, tentando manter a memória de um passado em que Deus se manifestou gloriosamente, transformando as pessoas, do que com pontos centrais de um movimento para reformar a cultura dos dias atuais.2
Cada Evangelho contém um mandado missionário e a caminhada da igreja em Atos é marcada pela contínua expansão geográfica da Palavra de Deus (Mt 28.18-20; Mc 16.15; Lc 24.44-50; Jo 20.21; e.g. At 1.8, 2.41 e 47, 4.4, 5.14, 6.1,7 e 9.31). Paulo, o plantador de igrejas, ajustou toda sua vida ao propósito de “ganhar” pessoas para Cristo:
[16] Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho! [17] Se o faço de livre vontade, tenho galardão; mas, se constrangido, é, então, a responsabilidade de despenseiro que me está confiada.[18] Nesse caso, qual é o meu galardão? É que, evangelizando, proponha, de graça, o evangelho, para não me valer do direito que ele me dá. [19] Porque, sendo livre de todos, fiz-me escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível. [20] Procedi, para com os judeus, como judeu, a fim de ganhar os judeus; para os que vivem sob o regime da lei, como se eu mesmo assim vivesse, para ganhar os que vivem debaixo da lei, embora não esteja eu debaixo da lei. [21] Aos sem lei, como se eu mesmo o fosse, não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo, para ganhar os que vivem fora do regime da lei.[22] Fiz-me fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns. [23] Tudo faço por causa do evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele (1Co 9.16-22).
Outros apóstolos confirmam o padrão paulino: Para Pedro, o propósito da igreja é proclamar “as virtudes” divinas (1Pe 2.9) e João, no Apocalipse, depois de “comer” o “livrinho aberto” do evangelho, recebe a incumbência de anunciá-lo aos “povos, nações, línguas e reis” (Ap 10.1-11). Tudo isso confirma que, de fato, a igreja incorre em grave erro quando passa a viver em função de si mesma (tabela 01).

Tabela 01: O primeiro erro da igreja: Viver em função de si mesma
Não há diferenças, até aqui, entre as igrejas missionais e pactuais. Ambas as perspectivas concordam com a necessidade de cumprimento da missão. Parece-me que o ponto de divergência encontra-se no entendimento da missão (tabela 02).

Tabela 02: As diferenças de entendimento da missão, nas igrejas missionais e pactuais
A declaração missional de que a igreja deve existir “para os outros” sustenta-se sobre o pressuposto de que o esforço maior da igreja deve concentrar-se na evangelização. Tal proposta não é contrária à ideia de pacto, uma vez que enfatiza consideravelmente o pacto da redenção. A questão é que os missionais compreendem a adoração (teologia do culto), o pastoreio (a teologia prática) e a igreja (eclesiologia), como círculos concêntricos estabelecidos a partir da evangelização (figura 01).

Figura 01: O centro da evangelização nas igrejas missionais
Eis a razão pela qual, na proposta missional, tudo se ajusta ao fim evangelístico. Ganhar pessoas é o objetivo primordial, o pastoreio é ferramenta da missão e o culto se torna um encontro facilitador, um evento cuidadosamente projetado e executado para atrair e produzir impacto no visitante não-crente. Cada detalhe da estrutura da igreja é desenhado e redesenhado quase que ininterruptamente, a fim de otimizar o crescimento numérico da congregação.
Igrejas pactuais, por sua vez, compreendem que o pacto da redenção, que culmina com a comissão evangelística, encaixa-se dentro do pacto da criação no qual são estabelecidos os mandados espiritual, social e cultural (figura 02).

Figura 02: Os pactos da criação e da redenção
A obra de Cristo garante a plena realização da vontade de Deus quanto à totalidade do universo. O homem foi criado à imagem e conforme a semelhança de Deus, com a finalidade de atuar com seu vice-gerente, tendo com ele comunhão de amor e obediência (o mandado espiritual), estabelecendo sociedade (o mandado social) e dominando a terra de modo agradável ao Criador (o mandado cultural — Gn 1.26-31, 2.15-16).
Por causa da desobediência de Adão e Eva, o homem tornou-se pecador e, consequentemente, separado de Deus (Gn 3.1-11; Is 59.2). Tal quadro desolador parece significar, em um primeiro momento, que o propósito divino revelado na criação foi frustrado. Observe-se, no entanto, que imediatamente após a entrada do pecado na história humana, Deus anunciou o pacto da redenção: O estrago feito pela serpente seria reparado por meio de Jesus Cristo (Gn 3.15; Cl 2.14-15). Geração após geração, o Senhor ratificou a aliança. Ele fez isso com Noé (Gn 9.1-17), Abraão (Gn 12.1-3, 15.1-21, 17.1-14), Moisés (Êx 19.3-6; Dt 18.15) e Davi (2Sm 7.12-16; Jr 33.17-22). Cada um desses pactos apontava para Jesus, o Messias que selou a “nova” e definitiva aliança (Jr 31.31-34; Mt 26.26-28).
A obra vitoriosa de Cristo estabelece não apenas a redenção dos eleitos, mas também, a reconciliação de “todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus” (Cl 1.20; cf. Rm 8.19-22). Cada aspecto da realidade, a partir de Cristo, pode e deve ser considerado pelos ângulos da criação, queda e redenção. No Apocalipse João enxerga o universo, simbolizado pelos “quatro seres viventes”, proclamando a santidade de Deus (Ap 4.6-8). É interessante que este louvor do universo precede o dos redimidos (simbolizados pelos vinte e quatro anciãos — Ap 4.9-11). Em outras palavras, quem Cristo é e o que ele realizou e realiza produz impacto em todo o cosmos. Cabe à igreja, certamente evangelizar, mas, também, desafiar e capacitar os cristãos a marcarem todas as áreas da vida com o caráter de Jesus (Cl 3.17). Como nos diz Eugene Peterson, “há uma verdadeira batalha espiritual em curso. Há uma intensa batalha moral. [...] Não existe zona neutra no Universo. Cada centímetro quadrado é área de contestação”.3
Resumindo, a Bíblia faz referência ao cumprimento tanto das ordens ligadas à evangelização quanto dos mandados criacionais. Evangelizar é um dos aspectos da “edificação” e serviço da igreja. Sendo assim, a igreja pactual tem como centro os mandados criacionais, cujo cumprimento se torna possível graças à redenção (a faixa vermelha da figura 03).

Figura 03: Os mandados criacionais no centro, tornados possíveis pela obra de Cristo
A redenção produz a igreja, uma comunidade aberta não apenas a uma sociedade em particular, mas à criação (observe que a linha que separa a igreja do restante da criação é pontilhada). Igrejas centradas unicamente na evangelização correm o risco de serem deficientes na capacitação dos santos para a totalidade do ministério.
Por: Rev. Misael Nascimento,
Presbitério de São José do Rio Preto (PRIP) ao Sínodo de Bauru
Notas
1. Escrevi um breve comentário sobre a carta de Cristo à Igreja em Éfeso. Você pode conferi-lo emhttp://www.misaelbn.com/2008/03/a-igreja-de-efeso-ortodoxia-carente-de-amor/. Quanto a 1Coríntios 13, considero assustadora a ideia de alguém poder empreender atos aparentemente altruístas — distribuir os “bens entre os pobres” — ou sacrificiais — entregar o “próprio corpo para ser queimado”, v. 3 — sem um pingo de amor genuíno!
2. DRISCOLL, Mark. Reformissão: Como Levar a Mensagem Sem Comprometer o Conteúdo. Niterói: Tempo de Colheita, 2009, p. 19.
3. PETERSON, Eugene. Corra Com os Cavalos: Para Quem Busca Uma Vida da Excelência. São Paulo: Ultimato e Textus, 2003, p. 46-47.
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